terça-feira, 7 de julho de 2009

Exames, aparentemente fáceis, complicam a vida dos estudantes

Hoje tive conhecimento dos meus resultados da primeira fase dos Exames Nacionais e, como já estava à espera, os resultados ficaram abaixo das minhas contas. Não sei onde perdi alguns pontos, mas o importante é que as disciplinas ficaram feitas e não desci qualquer valor na média dos três anos de Português e Matemática. No post de hoje vou juntar um pouco da vertente pessoal, analisando ao mesmo tempo a situação no seu todo.
Quando concluí a disciplina de Física e Química no ano passado, festejei como se tivesse acabado de ganhar o Euromilhões. Era uma das minhas piores disciplinas e, actualmente, o grande fantasma quando se fala em exames. O ano passado tive cerca de 13 no exame, descendo para 15 na nota geral. Por sua vez, vários colegas meus vão repetir esse exame este ano, pois ainda ambicionam uma entrada em Medicina e noutras áreas de saúde e engenharias. Contudo, as notas foram ridículas, sendo a média global de 8,4… Isto apesar de muito deixarem esta disciplina para a segunda fase.
Biologia e Geologia também não teve um dos seus melhores anos. Apesar de mais aceitável, houve quedas de dois e mais valores nas médias de alguns alunos, devido à confusão geral da prova. Segundo várias pessoas me disseram, a prova era excessivamente fechada, sendo que não era dado espaço para os alunos serem capazes de “furar” por entre a dificuldade e ir arrecadando alguns pontos aqui e ali.
Português, falo por mim, foi uma desilusão. Apenas tinha errado uma escolha múltipla e tinha ideia que as composições estavam mais ou menos bem… À espera de um 19, saiu um 17,6. Mas houve pior, muito pior. Excelentes alunos, com vintes e dezanoves no final do ano, chegaram a ter 13 e 14. Outros, confiantes que usariam este exame para entrar no Ensino Superior, tiveram até negativas.
No final disto tudo, poupem a Matemática! A média geral pode ter descido, mas houve vários 19 e 20. Apesar dos típicos “matemático-maniacos”, o balanço só pode ser positivo, uma vez que houve alunos que subiram consideravelmente a nota que tinham (eu mantive o meu 18 :D).

Em conclusão, penso que é errado falar em facilitismo. De que vale dizer-se que uma prova foi excessivamente fácil, se depois descontam pontos por tudo e por nada? O corrupio de alunos para a 2ª fase já hoje era intenso, podendo amanhã ser muito pior. E depois os recursos, as repetições, os anos perdidos por causa de um exame que condiciona toda uma vida.
Há prós e contras; contudo, no geral não podemos dizer que o balanço é positivo. As médias não podem ser tão baixas, porque depois quem tem uma mediazita mais alta, já se vê empurrado por todos a seguir Medicina, deixando os outros cursos para os “burros”.
Eu sei o que digo, porque ainda hoje me perguntaram porque não ia para Medicina. A verdade é que prefiro passar por burra, a trabalhar o resto da minha vida em algo que não é a minha verdadeira paixão… Há desemprego? Toda a vida é um risco e uma luta, deixem-me então lutar por aquilo em que acredito!

(Perdoem o post extenso, mas havia muito para dizer.)



Sara

5 comentários:

  1. ja ouvi dizer que os criterios sao muito exigentes...
    ouvi falar de um teste de 200 pontos que passou a 179, ou 169, por causa dos criterios.
    isto no exame de matematica

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  2. Está na idade de lutar por aquilo em que acredita. Desejo que não sofra muitas
    desilusões ao longo da vida, mas a vida
    também é feita disso.

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  3. Sara, lê-se no Correio da Manhã:Média final do exame de 12º ano baixou 2,5 valores;Chumbo duplica a Matemática;15% dos alunos reprovaram no exame;Pelo 4º ano consecutivo, Física e Química têm média negativa e a maior taxa de chumbos.
    Para a ministra Maria de Lurdes Rodrigues, a quebra fica a dever-se à "difusão contínua de que os exames seriam mais fáceis".O Secretário de Estado da Educação, Valter de Lemos foi ainda mais longe e acusa a Sociedade Portuguesa de Matemática e a oposição de induzirem os alunos em erro ao anunciarem o facilitismo da prova sem qualquer fundamento.O presidente da SPM explica que o que prejudica os alunos é a variação da dificuldade e os critérios de ano para ano.O que se pode dizer?
    Só que eles falam, falam... mas não anunciam nenhum pacote de medidas para aplicarem no ensino no próximo ano lectivo, para inverter a tendência.
    És uma lutadora.Vais chegar aonde pretendes.
    Nuno Ribeiro

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  4. Sara, a Ministra da Educação diz que a descida de 2,5 valores na média final se ficou a dever à "difusão contínua de que os exames seriam mais fáceis".O Secretário de Estado foi mais longe e acusou a Sociedade Portuguesa de Matemática de induzirem os alunos em erro ao anunciarem o facilitismo da prova sem qualquer fundamento;O presidente da SPM diz que o que prejudica os alunos é a variação da dificuldade e os critérios de ano para ano.
    Sara. eles falam, falam... mas trabalhar para inverter a tendência com um pacote de medidas a serem aplicadas no próximo ano lectivo,isso é que nickles.
    Força Sara, és uma lutadora.
    Nuno Ribeiro

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  5. Não exitem burros nem inteligentes cada um nasce para aquilo que nasce... acredito que cada um de nós (mesmo que não aparente) tem uma capacidade especial! nem que seja arrumar carros!
    a vida pode ser uma ilusão! mas se é uma ilusão, é a melhor ilusão do mundo e vou vivê-la até acordar! nunca te deixes ir abaixo a vida não é assim tão dificil.
    ;D
    bom blog temas muito interessantes

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